“As dificuldades escolares são resultado da falta de estimulação adequada nos pré-requisitos à alfabetização, aos métodos de ensino inadequados, a problemas emocionais, falta de maturidade para iniciar o processo de alfabetização ou a distúrbios de aprendizagem. Assim é possível observarmos que sempre existe uma causa que pode ser trabalhada.”
Os problemas emocionais podem ser identificados com o surgimento de comportamentos repetitivos e duradouros que não sejam adaptáveis a vida cotidiana, indicando que a criança não tem uma forma adequada para lidar com seus problemas e frustrações. Neste momento um dos primeiros sinais é queda de desempenho escolar.
Neste momento o tratamento psicológico pode promover a saúde mental da criança, aliviar a ansiedade das situações que causam o desconforto. Compreendendo melhor a si e ao outro e aprendendo a relacionar-se bem com as pessoas, essa criança pode melhorar sua autoestima, percebendo os reflexos na vida adulta.
“Os pais devem ser orientados, pois ambientes familiares pouco equilibrados prejudicam o comportamento das crianças fora de casa.”
As famílias não comprometidas são marcadas por relacionamentos frios, controladores e distantes. Crianças vindas destes tipos de família começam a vida escolar com níveis altos de agressividade e maior dificuldade para aprender e cooperar com as regras da classe e este comportamento destrutivo cresce à medida em que as crianças avançam na escola. Uma família desestruturada pode resultar em comportamentos problemáticos na escola.
Percebemos um aumento da situação de stress nas crianças, do bullying nas escolas, assim como da ansiedade e depressão. A criança aprende muito observando a forma como os adultos respondem as situações adversas da vida, se o adulto responde de forma ansiosa e angustiada, a criança tende a aprender a responder da mesma forma. Não podemos evitar situações adversas que podem resultar em stress, porém, sempre que nos predispomos a educar uma criança, devemos nos tornar pessoas melhores e mais resilientes. Podemos evitar muitas mudanças em nosso cotidiano e verificar a rotina familiar.
Fátima Rosana Cavenaghi Moraes de Souza
Psicóloga e Psicopedagoga
CRP-06/113259