Existem momentos na vida em que nos deparamos com situações as quais não temos, ou perdemos a habilidade de lidar de forma adequada com eventos do cotidiano. Seja na infância, adolescência, fase adulta ou mesmo na melhor idade, sempre temos questões a solucionar, e muitas vezes nos encontramos perdidos quanto a qual o melhor caminho a se tomar.
“Essas situações são inerentes a qualquer pessoa, de qualquer classe social. O problema é quando essas questões começam a interferir nas áreas de nossa vida, ao ponto de trazer prejuízo de alguma forma. Podemos considerar uma fórmula simples para identificar quando algo está merecendo uma atenção especial, o FIDI.”
FIDI é uma sigla para “frequência, intensidade, duração e interferência”. Avaliando a frequência em que um determinado comportamento ocorre, já podemos ter uma certa noção do prejuízo que ele pode estar causando. Nesse momento vale lembrar o velho ditado que diz “tudo o que é demais faz mal”, até mesmo a água que alivia a sede, em demasia pode nos afogar. Podemos considerar que em determinados momentos da vida, circunstâncias comuns podem nos trazer desânimo suficiente para que deixemos de fazer coisas do cotidiano como ir ao mercado. Mas se isso se tornar algo corriqueiro, estaremos perdendo autonomia para executarmos nossas atividades diárias.
E como podemos avaliar a intensidade do comportamento, pensamento ou sentimento em questão?
Aproveitando o exemplo acima, podemos considerar que o mesmo medo que nos traz prudência para tomarmos precauções ao sair na rua, em uma escala maior, pode nos tornar prisioneiros de nós mesmos, impedindo uma simples ida ao mercado.
Mas quanto a duração, como podemos utilizar esse elemento para traduzir um problema real?
Aqui, um exemplo pode ilustrar essa questão. Lavar as mãos é um ato de higiene, mas passar duas horas fazendo o mesmo já sinaliza um problema.
Passando por todos esses quesitos, a interferência se torna algo evidente. Tudo aquilo que interfira de forma a causar algum tipo de prejuízo, seja em nossa vida social, acadêmica, laboral ou pessoal deve ser notado previamente a fim de evitarmos problemas maiores.
Então unindo esses quatro conceitos temos uma fórmula simples para identificar quando algo em nossa vida está nos tirando do rumo que desejamos caminhar. É aqui que o psicólogo entra.
“Deixando a métrica de lado, o psicólogo é aquele que vai te ajudar a atingir seus objetivos. Aquele que em parceria contigo vai lhe ajudar a desenvolver as habilidades que você tanto anseia. Mesmo que algo não esteja efetivamente trazendo prejuízos a sua vida, pense em quais são as suas metas, o que você considera ser de seu merecimento que ainda não conseguiu alcançar. Você merece ser menos ansioso? Menos depressivo? Merece ter um bom relacionamento? Quer estar bem consigo mesmo, administrar todas aquelas situações que aparecem de forma inesperada? Quer melhorar sua autoestima? Então essa é a hora.”
A psicoterapia oferece uma oportunidade única de: ampliar e melhorar relacionamentos existentes e desenvolver habilidades para novos relacionamentos; aprender novos comportamentos; compreender sinceramente seus sentimentos e pensamentos sem julgamento; compreender os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos outros; receber apoio emocional; e uma infinidade de outros benefícios, todos aplicados a aumentar a sua qualidade de vida.
Situações como: fim de relacionamento; início de novas atividades profissionais; dificuldade em se colocar assertivamente diante de colegas de trabalho; dificuldade em tomar decisões; medo de falar em público; medo de dirigir; traumas; dificuldade em lidar com provas de vestibular ou concurso; falta de motivação ou energia; dentre outras. Enfim, tudo aquilo que lhe cause fragilidade emocional ou comportamental, pode e deve ser acompanhado por um psicoterapeuta. A terapia é um momento em que você se permite ir de encontro ao seu eu, permitindo desenvolver o melhor de si para sua vida e seu futuro.
Bruno Moraes de Souza
Psicólogo Comportamental Cognitivo
CRP-06/119065