Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a depressão será até 2020 a doença mais incapacitante do mundo. Esta informação parece assustadora, principalmente por tratar-se de uma doença ainda tão pouco conhecida e até mesmo pouco reconhecida como doença.
Quando pensamos em depressão infantil, o quadro fica ainda mais grave, pois nem sempre esta doença é diagnosticada por falta de informação dos pais, professores e até mesmo dos médicos. Assim o desenvolvimento físico, psíquico e emocional da criança pode ser comprometido.
Os sintomas mais frequentes são:
Apesar de serem todos sintomas importantes, a escola muitas vezes sinaliza com mais facilidade, pois o comprometimento das habilidades cognitivas conduz à investigação.
Assim como habilidades sociais inadequadas, conduzem à queixa escolar. As causas desta patologia podem ser: bioquímicas, como em um desequilíbrio nos neurotransmissores; podem ser comportamentais; devido ao desenvolvimento inadequado de alguma região do cérebro; ou ambiental, resultado de situações de dificuldade em que a criança não consiga solucionar sozinha.
Quem sofre de depressão tem sua vida pessoal muito prejudicada e não consegue produzir. Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo – estima-se que só no Brasil, são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.
Esta doença foi descrita pela primeira vez no início do século 20, assim até hoje é muito confundida por tristeza. O desconhecimento e o preconceito são os principais fatores para a falta de acolhimento e tratamento das pessoas com este diagnóstico.
O aumento das cobranças e das competições por desempenho, podem contribuir para a evolução deste quadro, assim como a ignorância em torno desta doença. Muitas vezes é cobrada da pessoa uma reação que não é possível naquele momento, devido ao desenvolvimento da doença, não dependendo nesse caso de força de vontade.
Esta doença deve ser tratada muitas vezes com o auxílio de medicamentos, mas o tratamento deve ser principalmente a terapia, pois possibilita uma mudança real de posicionamento mental. Mudanças de crenças podem aumentar o conhecimento e controle de nossos pensamentos que resultam na diminuição e extinção dos sintomas. Assim a terapia comportamental cognitiva tem apresentado resultados muito eficientes e eficazes para esta patologia. Considerando que é uma doença que não diferencia idade, sexo, classe social, ideologias culturais ou religiosas para que a pessoa seja acometida.
Fátima Rosana Cavenaghi Moraes de Souza
Psicóloga e Psicopedagoga
CRP-06/113259