A síndrome do pânico, denominada pela psiquiatria como transtorno do pânico, é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por ataques súbitos de medo e desespero, um mal-estar intenso que alcança sua intensidade máxima em até 10 minutos. A pessoa tem a clara sensação de que vai morrer, ou que um mal súbito irá acontecer com ela. O pensamento de que existe uma doença perigosa acometendo o seu corpo, geralmente percorre a mente de quem passa por essa enfermidade. Sintomas relacionados são:
O transtorno do pânico é um sério problema de saúde pública, é crônico, e afeta em média 5% da população geral. Tem predominância entre as mulheres e geralmente se inicia no final da adolescência e início da fase adulta. Quem padece de síndrome do pânico sofre durante os ataques e ainda mais nos períodos entre uma e outra crise. O fato de não terem controle sobre quando ou como irá ocorrer traz tamanha insegurança ao ponto de afetar gravemente a qualidade de vida da pessoa. A sensação é de quem voltou a ser criança, amedrontado e desprotegido perante a escuridão da noite.
“De uma hora para outra a minha visão embaçou, tive náusea e tontura, a dificuldade em respirar era tanta que parecia que em dado momento o ar iria me faltar por completo, comecei a ficar desesperado com aquele estado, não sabia o que estava acontecendo nem o que viria a seguir…”
“…foi uma sensação interminável, o tremor nas pernas, o coração parecia que ia sair pela boca, eu não conseguia engolir, comecei a transpirar, estava ficando mais e mais ansiosa, foi pavoroso…”
“Depois do primeiro ataque, comecei a ter medo de passar por essa situação em locais públicos, imagina uma mulher de quase 40 anos chorando incontrolavelmente no meio da rua, foi aí que eu comecei a não querer mais sair de casa, já não conseguia nem ir trabalhar…”
É comum o paciente com pânico ter vergonha de seu estado, a falta de controle sobre suas emoções e comportamento traz a compreensão de que perderão completamente o crédito da sociedade caso ela venha a presenciar uma crise. Esse contexto favorece o aparecimento de uma outra enfermidade amplamente associada ao pânico, a agorafobia, ou o medo de estar em espaços abertos ou em meio a multidão, medo de ter medo. A pessoa neste momento procura um hospital com a certeza de estar sofrendo um ataque cardíaco. O cardiologista medica o paciente com um calmante e o envia de volta para casa.
Muitas vezes a pessoa passa até uma década com idas e vindas aos postos de emergência médica antes do diagnóstico à procura de uma causa orgânica para seus sintomas.
Muitos fatores vêm sendo atribuídos ao transtorno do pânico, considerando que aparentemente tanto fatores genéticos quanto ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno. Pesquisas demonstraram que caso um gêmeo idêntico tenha a síndrome do pânico, o outro gêmeo também terá em 40% das vezes. Mesmo assim, relatos demonstram que a síndrome do pânico geralmente ocorrem sem que haja um histórico familiar. Estudos anteriores associam experiências traumáticas na infância com o desenvolvimento do transtorno do pânico na fase adulta. O estresse, também tem sido relacionado à propensão em desenvolver transtornos de ansiedade. Relatos em pesquisas descrevem que a grande maioria dos pacientes, tiveram estressores de vida, transição de papéis e perdas no ano que antecedeu o aparecimento do transtorno do pânico. Fatores como o tabagismo na adolescência tem sido questionados como fatores de risco para a síndrome do pânico na fase adulta. Assim é observado que existe uma situação desafiante chamada de gatilho que propicia o transtorno.
Marque uma consulta com uma psicólogo caso esteja sofrendo de ataque de pânico, especialmente se eles estiverem interferindo em seu trabalho, relações ou autoestima.
Para que um transtorno de ansiedade possa ser diagnosticado como transtorno do pânico, é necessário que se correlacione os seguintes critérios:
A. São necessários os critérios 1 e 2:
1. Ataques de pânico recorrentes e espontâneos (inesperados).
2. Pelo menos um ataque foi seguido, durante um mês ou mais, das seguintes características:
a) preocupação persistente em relação a ataques adicionais;
b) preocupação em relação às implicações do ataque ou às suas consequências (perder o controle, ter um ataque cardíaco,
enlouquecer, etc.);
c) alteração significativa do comportamento relacionada às crises de pânico.
B. Deve-se especificar se há ou não agorafobia associada.
C. Os ataques de pânico não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (como o abuso de droga ou medicamento) ou a uma condição médica geral (como o hipertireoidismo).
D. Os ataques de pânico não são mais bem explicados por outro transtorno mental como fobia social (que ocorre, por exemplo, em situações de exposição a eventos sociais, como falar em público), fobia específica (por exemplo, na presença de um animal específico), transtorno obsessivo compulsivo (por exemplo, quando exposto à sujeira), transtorno de estresse pós-traumático ou transtorno de ansiedade de separação (por exemplo, em crianças, em resposta a estar afastado do lar).
O objetivo do tratamento é auxiliar a retomada das atividades de vida diária, ou seja, o cumprimento das suas tarefas do dia a dia. A combinação entre medicação e terapia cognitivo comportamental é a melhor alternativa. O manejo emergências das crises de pânico foca primordialmente em tranquilizar o paciente frente a informação de que os sintomas são consequência de um ataque de ansiedade e não de uma doença fatal. É reforçado o caráter passageiro (entre 10 a 30 minutos) da crise, orientado o paciente a tentar controlar a frequência das inspirações para que ele não hiperventile. O uso de exercícios de respiração é indicado nesse processo, aqui a pessoa inspira contando 4 segundos, enchendo completamente os pulmões e solta vagarosamente. Geralmente o processo de tranquilizar o paciente e torná-lo consciente da limitação dos sintomas já é o suficiente para terminar a crise.
Medicamentos antidepressivos denominados inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) normalmente são prescritos para o tratamento da síndrome do pânico. Dentre eles estão:
Além destes, outras medicações que poder ser usadas são:
Os sintomas relacionados ao pânico costumam desaparecer lentamente em algumas semanas. Informe sempre seu médico caso sinta que alguma coisa não vai bem com o tratamento, jamais suspenda a medicação sem antes consultá-lo.
A psicoterapia baseada na terapia cognitivo comportamental irá auxiliar o paciente a compreender suas sensações, sentimentos e comportamentos e buscar formas para mudá-los. O tratamento costuma durar de 3 a 6 meses com possibilidade de visitas esporádicas para controle.
A terapia é importante, o uso dos medicamentos sem o processo terapêutico costumam causar a reincidência dos ataques e a dependência na medicação para o controle das crises. A terapia irá auxiliar em:
Algumas ações podem auxiliar a reduzir o número e a gravidade das crises de pânico, dentre eles:
O primeiro passo é reconhecer a necessidade de auxilio e ter em mente que nada é imutável nesse mundo.
Bruno Moraes de Souza
Psicólogo Comportamental Cognitivo
CRP-06/119065
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade onde o paciente tem crises agudas e inesperadas de ansiedade, desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, ainda que não hajam evidências para que a situação temida ocorra.
A síndrome do pânico além de gerar angústia, medo e desespero durante as crises, ainda proporciona preocupações persistentes nos intervalos de uma crise para a outra, quanto à possibilidade de se ter novos ataques e as possíveis consequências desses ataques, seja dificultando o dia a dia, seja pelo medo de se perder o controle, ficar louco ou mesmo morrer.
O tratamento para síndrome do pânico pode precisar de acompanhamento medicamentoso. Na clínica, a psicoterapia é feita reconstruindo as crenças que fortalecem e mantém os pensamentos ansiosos, com o auxilio de técnicas de observação, análise e reorientação do pensamento, técnicas de relaxamento e adaptação sócio comportamental.
No CEDEM, você encontra tratamento para síndrome do pânico de segunda à sábado com horários personalizados para a sua necessidade.
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5 Comments
Estou com depressao e ansiedade forte tomo certalina fico triste e quero ficar so na cama
Estou com depressao e ansiedade tomo certralina dai me da uma tristeza e vomtade de ficar na cama
Muito bom comentários fico bem informada estou em tratamento já a mais de 2 anos essa semana tive crise fui parar no pronto atendimento .
Bom dia gostaria de receber dicas e informações se possivel para o tratamento da sindrome do panico . Um forte braço e atebreve com a graça de Deus .
Olá Marcelo,
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