O estudo, publicado na revista Journal of American Geriatrics Society, acompanhou 100 pessoas com idades entre 55 e 86 anos com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) que passaram a fazer musculação seguindo orientação dos cientistas. O CCL é considerado um precursor do desenvolvimento do Alzheimer e outras formas de demência.
Em 2014, o mesmo grupo de pesquisadores publicou um artigo descrevendo como as habilidades cognitivas melhoram com o levantamento de peso. Os benefícios duraram por até 12 meses depois que o estudo foi concluído.
“O que observamos neste estudo de acompanhamento foi que a melhora na função cognitiva estava relacionada com o ganho de musculatura e força. Quanto mais forte a pessoa se tornou, melhor o cérebro ficou”, diz o pesquisador principal. Dr. Yorgi Mavros, da Universidade de Sidney (Austrália).
Por um período de seis meses, os participantes do estudo se exercitaram com pesos duas vezes por semana, usando equipamentos com apenas 80% do peso máximo que podiam levantar. Conforme ficavam mais fortes, os pesos iam aumentando, mas sempre respeitando a regra dos 80%.
Exames de ressonância magnética do cérebro dos participantes mostraram que algumas áreas do órgão cresceram com o passar do tempo. Apesar de estudos futuros serem necessários para avaliar e a mesma mudança acontece em todas as idades, Dr. Mavros já ficou tão satisfeito com os resultados positivos que publicou uma recomendação para todos:
“Quanto mais pudermos incentivar as pessoas a praticarem treinos de resistência como levantamento de pesos, mais chances teremos de ter uma população envelhecendo com saúde. O segredo, porém, é se certificar que a atividade seja praticada pelo menos duas vezes por semana e com intensidade suficiente para maximizar os ganhos de força. Isso traz o maior benefício para o cérebro”, diz ele. [Big Think].
Fonte: Hypescience